Chegamos em casa com uma nova perspectiva, uma nova alegria, pois uma nova fase se iniciava. Que viessem os novos dias com as descobertas de sons e balbucios. Era nossa esperança!
Nosso lindo menino estava sempre sorridente, feliz e muito esperto. Brincava, interagia, aprendia e estava sempre muito bem disposto. E, mesmo sem querer, começamos a fazer nossos pequenos "testes auditivos" com barulhos mais fortes e frequentes pois a ansiedade era muito grande e nós precisávamos começar a obter alguma resposta auditiva dele, alguma reação positiva diante daqueles barulhos. Mas, para nossa tristeza, não havia reação alguma!!!!! Em nossa inocência achamos que seria muito lenta a reação e resposta dele aos sons e acreditamos que precisávamos aguardar a expulsão dos tubos de ventilação. Assim, quando os tímpanos eliminassem os tubos e cicatrizassem, aí sim ele começaria a ouvir.
Poucas semanas depois percebi o pequenino tubinho saindo do ouvido dele. Exultamos de alegria e nos demos mais alguns dias para a cicatrização total do tímpano, o que nos daria a certeza do sucesso da cirurgia e apaziguaria nossos corações de pais.
Porém..........tudo igual, absolutamente nada havia se modificado.
Voltamos aos testes em casa, repetindo todos aqueles barulhos experimentados anteriormente, dia após dia, mas sempre com a esperança sendo dilacerada pela dura verdade.
Resolvemos fazer novos testes de audiometria para compararmos com as anteriores. As do Recife não tinham resposta auditiva (surdez profunda) e aquela do consultório do otorrino em São Paulo tinha uma resposta considerada como surdez com perda leve. E nossa surpresa foi grande com as novas audiometrias realizadas pois elas nos deram os resultados iguaizinhos aos anteriores à cirurgia........ Sem resposta até 90dB.
Nosso filho era surdo de fato e a cirurgia de nada adiantou.
Voltamos aos testes em casa, repetindo todos aqueles barulhos experimentados anteriormente, dia após dia, mas sempre com a esperança sendo dilacerada pela dura verdade.
Resolvemos fazer novos testes de audiometria para compararmos com as anteriores. As do Recife não tinham resposta auditiva (surdez profunda) e aquela do consultório do otorrino em São Paulo tinha uma resposta considerada como surdez com perda leve. E nossa surpresa foi grande com as novas audiometrias realizadas pois elas nos deram os resultados iguaizinhos aos anteriores à cirurgia........ Sem resposta até 90dB.
Nosso filho era surdo de fato e a cirurgia de nada adiantou.
Assim, pudemos dolorosamente constatar que havíamos sido totalmente enganados pelo "papa", excelência no assunto sobre surdez, professor, doutor na USP - Universidade de São Paulo, indicado por 3 grandes otorrinos do Recife mas que era, na realidade, um grande mentiroso. Fria e dolorosamente descobrimos que este ser desumano havia usado nosso pequeno filho e a nós para obter lucro financeiro, apenas isto. Sua frieza, desprezo e desrespeito demonstrados naquele dia da cirurgia estavam agora esclarecidos e elucidados. Não temos outra denominação para ele a não ser chamá-lo de charlatão!
A raiva contra este médico, a impotência diante do acontecido, a dor com a realidade e a incredulidade com tudo nos derrubaram mais uma vez. Porém desta vez a realidade nos encontrou mais fortes e resistentes. Precisávamos dar um rumo e preparar nosso filho para um mundo de ouvintes onde a comunicação verbal ainda era a única forma de integração na sociedade do Brasil desta época.
Partimos em busca de informações sobre fonoaudiólogos e aparelhos auditivos. Naquela época as informações eram mínimas e frágeis, nos causando ainda maior anseio e dúvida em relação aos passos que deveríamos seguir. Visitamos alguns distribuidores de aparelhos que faziam testes auditivos e indicavam aparelhos caríssimos, muito além de nossas posses. Isso só nos angustiava ainda mais, porém não tínhamos outra saída, precisávamos protetizar nosso filho e apresentá-lo ao mundo de sons e faríamos o possível e impossível para dar isto a ele.
Partimos em busca de informações sobre fonoaudiólogos e aparelhos auditivos. Naquela época as informações eram mínimas e frágeis, nos causando ainda maior anseio e dúvida em relação aos passos que deveríamos seguir. Visitamos alguns distribuidores de aparelhos que faziam testes auditivos e indicavam aparelhos caríssimos, muito além de nossas posses. Isso só nos angustiava ainda mais, porém não tínhamos outra saída, precisávamos protetizar nosso filho e apresentá-lo ao mundo de sons e faríamos o possível e impossível para dar isto a ele.
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